Observação: Nesta categoria Experimental, "O QUE SOU?" eu coloco o título no final do poema, provocando o leitor a identificar a que estou me referindo no decorrer da leitura. No final tem uma surpresa para o leitor, uma ilustração de minha autoria, em que exploro a ilusão de ótica, proporcionando ao observador uma experiência visual única e provocativa, muitas vezes desafiando a realidade prática, uma vez que é possível apenas em duas dimensões da tela.
Inerte, soturna e solitária.
Presente em todos os momentos.
Na rotina das refeições, nas celebrações,
Momentos especiais e sagrados.
Se comemos bebemos, conversamos,
Assinamos contrato ou nos reunir em família,
Sem ela o que faríamos?
Nela confessamos os nossos perversos pecados.
Guardiã silenciosa dos segredos mais profundos.
Testemunha de confidências,
Pedidos, acordo, desacordo, promessas e juras.
Declarações, choros, risos, afetos e desafetos.
Extrair qualquer confissão,
Mesmo buscando o ângulo mais perspicaz,
Seria em vão, pois ela jamais revelará.
Ela é a confidente leal.
A MESA
Autor da gravura: Walter Figueiredo