Recanto do Figueiredo
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Textos

Fanfarrão celebra o casamento de sua filha!

 

No vapor da confraternização, a ansiedade de Fanfarrão era visível. Ele compartilhou cada detalhe dos preparativos para a noite que entraria para a história: a noite de núpcias de sua querida filha com seu genro, o intrépido explorador das corridas virtuais de F1, que, para Fanfarrão, é o próprio "Louis Remington" das insônias na madrugado. Este jovem, com delicadeza e uma pitada de apreensão, permitiu que o sogro assumisse o cockpit de seu poderoso simulador. Imagino a tensão do rapaz ao ver seu robusto sogro adentrar ao assento e, com sorriso e olhos arregalados, sentir a adrenalina de uma corrida. “Deixa o garoto se divertir, Fanfarrão. Vai assistir seu Coringão.”

 

Voltando ao ponto alto, Fanfarrão não poupava palavras para descrever a festa. Especialmente um detalhe: a guloseima da madrugada, o momento pelo qual todos esperam após horas de dança e celebração – o lendário hambúrguer do Kadu. Fanfarrão falava do tal “Kadu” com tanta paixão e exuberância que seus olhos quase reviravam, como se já estivesse saboreando o primeiro pedaço. Não demorou para que todos ao redor lambessem os lábios, contagiados pela expectativa. Alguns convidados até ameaçaram partir mais cedo, apenas para retornarem às 4h da madruga e provar o tão celebrado hamburguer do Kadu.

 

Como sempre digo, o melhor da festa é a sua preparação, e Fanfarrão não escondia sua ansiedade. Confessou que mal dormia, acordando diversas vezes na madrugada, quase mastigando o ar, como se já estivesse degustando o tal “Kadu”.

 

Um parêntese, em uma loja, tivemos a oportunidade de encontrar a noiva com a sua irmã e a sua simpática sogra, constatando a alegria dos momentos e dos preparativos.

 

Enfim, o grande momento chegou. Na igreja, amigos, parentes e, claro, os eternos “brothers da sauna” se reuniam para a cerimônia. Cara-de-Sono, sempre alerta – ironia à parte – observava cada detalhe. Entre abraços e sorrisos, os brothers cochichavam na igreja: quem estaria mais nervoso, o pai da noiva ou a própria noiva? O alegre diácono assumiu o púlpito, dando início à celebração com uma belíssima orquestra que elevou o ambiente a outro nível. Em uma sequência de entradas cheias de graça, surgiram os pais dos noivos e os padrinhos, todos exalando simpatia e alegria.

 

Quando as portas se fecharam, dois clarinetistas posicionaram-se para a clarinada que anunciaria a entrada triunfal da noiva. O suspense tomou conta da igreja. Após instantes de expectativa, a marcha nupcial começou, e pelo corredor central surge a linda noiva, radiante, conduzida por seu pai, o Fanfarão, que naquele momento, de Fanfarrão não tinha nada, era um “baita” homem se derretendo em emoção e lágrimas. A noiva, por sua vez, estava deslumbrante em um vestido belíssimo, exalando tranquilidade e confiança.

 

O diácono proferiu palavras de sabedoria e bênçãos, dirigindo a cerimônia com maestria. Fanfarrão também participou com a leitura de Coríntios 13, a passagem que celebra o amor, a caridade. Para ele, foi uma honra poder escolher o texto, um gesto que o diácono lhe concedeu com muita alegria e em seguida a leitura feita pela irmã da noiva.

 

A festa seguiu esplendorosamente decorada, com mesas lindamente dispostas e recepcionistas guiando os convidados a seus lugares. O xote oferecido na entrada era para dar a largada na festa.  No salão, o ambiente acolhedor e cheio de surpresas antecipava as maravilhas da noite. Bebidas finas, cascatas de chocolate, sorvetes, queijos e salgados foram servidos, cada item mais delicioso que o outro.

 

A banda deu o tom, convidando a todos para dançar; os noivos abriram a pista com o clássico "Johnny B. Goode" de Chuck Berry, seguido por "Can’t Help Falling in Love" de Elvis Presley – uma seleção musical perfeita. O noivo, apesar de um pouco reservado, visitava a ilha de whisky com frequência, enquanto a noiva brilhava com seu entusiasmo. A mãe da noiva, com muita elegância, coordenava o evento com discrição e simpatia

 

Logo, o jantar foi servido com um cardápio impecável e um saboroso vinho. As conversas fluíram, e as mulheres já começavam a planejar um café para prolongar a alegria do encontro. Em seguida, os noivos vieram cumprimentar os convidados, oferecendo-nos a oportunidade de abençoá-los e celebrar sua união, um gesto que emocionou a todos.

 

Fanfarrão apresenta seus amigos, incluindo o irreverente e espirituoso personagem daquela icônica propaganda do "Homem do Posto Ipiranga". A festa seguiu até altas horas, com muitos aguardando o lendário hambúrguer do Kadu. Contudo, os brothers, já na “melhor idade”, deixaram a juventude festejar e se despediram, satisfeitos e alegres, com o coração grato e cheio de felicidade e memórias para uma vida inteira.

 

Ao Fanfarão, família e jovem casal, os nossos mais sinceros agradecimentos por tanto carinho, esperando no Eterno que a felicidade continue habitando em seus lares.

 

                                                                                              Por Walter Figueiredo – outubro / 2024

WALTER FIGUEIREDO
Enviado por WALTER FIGUEIREDO em 27/10/2024
Alterado em 27/10/2024
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